Por darem ouvido ao dogma da transubstanciação, os católicos, além de incorrerem num terrível engodo, acabam por abraçar uma teoria fictícia. Vejamos:
* Se naquela ocasião em que Jesus disse "Isto é o meu corpo" realmente tivesse ocorrido a tão propalada "transubstanciação", então somos levados a acreditar que existiam naquele momento dois corpos do Senhor. Levando esse dogma às últimas conseqüências, teremos isto: Jesus pegou aquele pedaço de pão, já transformado em seu corpo (com divindade e alma, segundo crêem os católicos) e deu-se a si mesmo para seus discípulos comerem. Depois de terem comido o corpo do Mestre, os discípulos sentaram-se ao seu lado. E mais: Jesus também teria comido e engolido a si próprio, pois certo é que ele também participou da ceia!
* Se tal pão consagrado tivesse sido comido acidentalmente por um roedor, dar-se-ia o caso de o animal também ter engolido o Cristo com seu corpo, alma e divindade.
* Se a hóstia se estragar e apodrecer, seria o caso de o corpo de Cristo, que está nesse elemento, apodrecer também. Então, como fica Atos 2.3 I, que diz que a carne de Cristo não se corrompe?
* Se o que dá vida é o espírito, por que Deus se faria carne por meio da hóstia para nos vivificar?
* Se Cristo nos ordenou que celebrássemos a cerimônia até que ele voltasse, conforme I Coríntios 11.26, como pode estar presente na hóstia? Se ele virá, quer dizer que não está! Devemos ressaltar que tal vinda é escatológica, quando Cristo virá em corpo, pois, espiritualmente, ele está conosco todos os dias (Mt 18.20, 28.20) e esta promessa não tem nada que ver com a Santa Ceia.
* O papa Pio IX se vangloriava com o dogma da transubstanciação, dizendo: "Não somos simples mortais, somos superiores a Maria. Ela deu à luz um Cristo só, mas nós podemos fazer quantos cristos quisermos; nós, os padres, criamos o próprio Deus".
Uma coisa tão extraordinária como essa. Um milagre tão estupendo: mudar um pedacinho de pão no próprio Deus. Um milagre tão diferente de todos os que se têm notícia. Tudo isso deveria ter uma prova muito mais clara e contundente do que meras formas de expressão. É, sem dúvida, algo que foge à nossa compreensão, não por ser algo misterioso, mas por ser irracional e incoerente. Quando se prova o pão, ele ainda é pão, tem cheiro de pão, o gosto ainda é de pão. E o mesmo se dá com o vinho!
Onde temos o corpo de Cristo nisso tudo? Esquivar-se, fazendo uma separação arbitrária de milagres, visíveis para os incrédulos e invisíveis para os crentes (diga-se católicos), é ultrapassar o que está escrito.
Onde está tal divisão nas Escrituras? Em lugar nenhum!
Mas é preciso argumentar para forjar explicações que sirvam de alicerce para a doutrina católica.